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Sertão Brasil
(Carlos Moreno / Paulo do Eirado)
Como a casa é bem pequena
Assim parece estar cheia
Vivemos em harmonia
Onde ninguém se aperreia
A fachada é azul e verde
Pra uns tão bonita
Pra outros tão feia
Apesar da minha idade
Eu já fiz muito biscate
Trabalhei como vaqueiro
Já plantei jiló, tomate
Pro mode ter na moral
O mais importante
E elevado quilate
Do que gosto digo agora
E nem paro pra pensar
Farinha, reza e morena
Milho, forró e namorar
Preferência te suplico
Por favor
Não me peça pra apontar
Com a memória tão ativa
Não deixei nada escapar
Vi o Capiberibe junto ao
Beberibe formar o mar
E das idas e vindas ao Funrural
Pra tentar
De uma vez me aposentar
Na minha terra onde o sol
Deixa o chão todo rachado
Asa branca vai pro céu
Caatinga lá cai no machado
E o homem vive com alegria
Onde se dança
O baião e o xaxado
Como cresce o sertanejo
Pela seca castigado
Vendo sua criação morrer
Com o fim por todo lado
Só lhe resta olhar pro céu
E humildemente
pedir pra ser poupado
Da terrível privação
Ganha-se uma fibra de aço
A palavra tem valor
A fé dirige seu passo
Esperança que alimenta
Vida triste
Vencida pelo braço
Os brasileiro sim deviam
Meu sertão vir conhecer
Onde a malandragem caia
O caráter ia crescer
A coragem aumentaria
Ai que Brasil
nós íamos ter
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