terça-feira, 12 de junho de 2012

Soneto das prisões

Soneto das prisões
                  (Paulo do Eirado) 

Pense sobre a justiça, hoje de um apenado
O cárcere frio, o ferro hostil, a carne tangível
Tributado porvir, o tempo conversível
livre no espaço seu sentir desamarrado.

Inversamente é a dor do poeta apaixonado
Quando este imenso amor soa mudo, inaudível
E a imagem dela vem, sendo a sua invisível
Liberdade então voou, coração aprisionado.

Para que finde o horror neste caso primeiro
A boa conduta faz o preso merece-la
E a alma voa livre qual pégaso mensageiro.

Para o poeta cativo, olhe-a na sua estrela
A esfinge tombará ao verso mais certeiro
pura chama do amor, liberdade de tê-la.


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